segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Cinofilia ( cuide do seu cachorro)

Uma certa vez alguém- não me lembro quem- me contou uma história bizarra, era sobre uma moça que deu entrada no hospital, essa sujeita tinha entre suas pernas um pastor alemão, sim! Um pastor alemão,não um pastor da Alemanha,um cachorro mesmo. Hoje lembrei dessa história perturbadora, e resolvi falar um pouco da cinofilia.

A cinofilia é a parafilia que surge a partir da excitação sexual com cães, ou o ato sexual com cães,o que caracteriza uma variante da zoofilia.

O mais engraçado é que crianças geralmente tem uma relação muito estreita com seus cachorrinhos de estimação, meu primo uma vez me confidenciou ter dado o pinto para o cachorro lamber. Eu sei que a imoralidade do cidadão é grande, porém, eu me lembro de   algumas vezes antes de entrar na puberdade ter algumas ereções quando brincava com meu cachorro, após descobrir a masturbação direcionei meus impulsos sexuais à homens, mas anteriormente- é inegável - confundi as coisas com o meu melhor amigo, Mas não confundam, geralmente as crianças não executam nenhum tipo de ato com seus cães, somente aqueles que levam tal relação para a vida adulta é que se caracteriza como cinofilicos. 


AQUI tem um vídeo de uma mina maluca dando pra um cachorro, para que tiver curiosidade 

Ao executar uma pesquisa no google, provavelmente os resultado irão exibir páginas de concursos de cachorros, pois existem federações de cinofilia espalhadas pelo mundo, mas se trata daqueles concursos bobos entre cães de diversas raças.
fica o aviso! escondam seus dogs, pode ter um cinofilico perto de você.

sábado, 20 de setembro de 2014

Gouinage ( sexo com conotações políticas)



Os Gouines ganharam repercussão mundial matéria da revista francesa Pref Mag publicada no ano passado sobre a tendência do sexo gay no país. O Gouinage (pronuncia-se Gu-ináge) é uma prática de sexo gay sem penetração, onde se prioriza o sexo oral e tátil, ou seja, nessa prática sexual,que talvez eu possa chamar de um estilo de vida sexual, não existe a penetração. O Gouinage é muito parecido com a relação sexual lésbica onde não se tem penetração de objetos, plugs ou dedos.


Recentemente um grupo de babacas americanos adotaram as definições do termo de maneira deturpada, chamaram-na de G0ys, uma versão pública de homossexuais enrustidos, que dizem não ser gays por não praticarem penetração. 





Voltando ao assunto, os adeptos do Gouinage, expõe, fora o desinteresse pela penetração, outras duas razões principais para a escolha dessa vida sexual alternativa. Uma das questões é que se dá às preliminares o papel principal na relação sexual, valoriza-se o toque, os odores, as carícias e a paciência na relação sexua, o que de maneira geral, torna o sexo uma experiência muito mais intensa e sensitiva; isso se deve ao fato da expedição ao longo do corpo e novas formas de prazer, localizadas não só nas genitálias, mas também em todos os membros que possam ser meio de prazer sexual. Esse ponto para mim, mostra uma revolução sexual, onde se respeita e se valoriza o corpo do outro, além de romantizar a relação sexual, que necessita de um certo entendimento do corpo do outro. O segundo ponto é talvez muito mais engajado que o primeiro, se trata da horizontalização das partes envolvidas no ato, ou seja, essa relação não pressupõe posições de poder e submissão, não se explicita quem são os ativos ou os passivos, isso pois, essas rotulações não existem. Isso significa ao meu ver, uma relação que não reproduz padrões heteronormativos, ou seja, não se copia o modelo padrão dos heterossexuais, essa posição meio que combate a reprodução de certos clichês sexuais.


Não que eu não goste da penetração, mas o Gouinage apresenta uma série de motivos de ser, que possibilitam novos parâmetros, não só sexuais, mas políticos, que torna a relação (neste caso isolado) menos repressiva, mais empática e diversa, isso se deve ao fato de além de responder aos estímulos do outro,não se cai nos clichês das posições sexuais doutrinadas pela indústria pornográfica, o que leva os Gouines a descobrirem novos meios de obter prazer.

Gang Bang ( Bem mais que de quatro)

Quanto mais melhor! Esse é o lema da prática sexual intitulada Gang Bang; essa prática consiste em uma única pessoa dando pra várias outras ao mesmo tempo, sim! E só é válido como Gang Bang caso sejam mais que 4 homens metendo em um só passivo.


Photo by Robert Trachtenberg for Rolling Stone

O Gang Bang apesar de poder ser feito com cowboys não tem nada a ver com bang bang. Essa prática é um clichê da industria pornográfica, tanto em temáticas homossexuais, como em filmes heterossexuais. A grande visibilidade desse gênero de porn movie veio quando a atriz Annabel Chong em 1995 transou com 251 homens, atingindo o recorde mundial de maior numero de parceiros em uma só transa. Dizem que Cleópatra além de arrasar no  bukkake, era dada ao Gang Bang; especulações históricas à parte, o Gang Bang é muito praticado em locais do gênero American bar, geralmente em forma de show. Nas saunas da capital paulista pode-se encontrar,  além de alguns clubes de sexo na região central onde pode-se ver tal prática.
Para quem ficou curioso click aqui, e veja um vídeo complementar.
Caso você tenha inclinação à tais desvios de conduta, lembre-se, você será totalmente submetido aos homens que estiverem na ação, de maneira que não se pode fugir, e   sinceramente, não é para qualquer um dar para mais de 4 homens! Então pense bem antes de convidar a galera do futebol para uma festinha particular, isso pode lhe custar algumas pregas.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

O que é que tem de mais?

Sexo e moral, são como água e olho, ingredientes usados no feijão com arroz. Para mim tudo que eu desempenho com intuito sexual é sexo, sendo assim nunca fiz do meu sexo uma equação do bem e do mal, pois, não vejo como uma necessidade avaliar, quantificar ou racionalizar minhas práticas sexuais enquanto são executadas, em verdade, acredito que ninguém pense em valores segundos antes de gozar.
Legislar o sexo, atribuindo valores à ele, fazendo uma lista de regras, leis e condutas a serem respeitadas é algo inconcebível à minha libido; isso pois, a libido não respeita nem mesmo o que eu determinei para mim como "correto", por vezes encontro a mim mesmo reprimindo-me, ao não atuar sobre o meu sexo com total entrega, eu deveria me guiar pelos instintos. É quando racionalizo essa auto-repressão que me pergunto de quê me vale tal esforço? Por qual motivo eu deveria medir meu desejo ( e meu ato) pelas especulações que precedem minha sexualidade? Por que sou gay, sem tendências ao romance, sem tendência à monogamia, sem tendência à família? A resposta talvez seja: Por qual motivo não ser? Por que não transgredir?


Joel-Peter Witkin "Le Baisier", 1982

Foi uma cruel batalha, abdicar da moral judaico-cristã, digo isso pois, essa moral repressora à minha condição, precede minha existência, o que implica em abrir mão do bem, logo, optar pelo mal (se é que existem mesmo esses polos na sexualidade). Durante minha infância fui guiado por palavras de valor moral, essas por sua vez só me fizeram criar pulsão transgressora, desejei a cada dia subverter meus pais, subverter aquelas regras chatas, a vida sexual monótona que eles me apresentavam, não suportava ser contido em minhas falas e meus gestos para ser um "homem correto". Sempre foi motivo de asco o incentivo familiar à objetificar as meninas afim de reafirmar minha masculinidade, reprimir, oprimir e objetificar mulheres, almejar constituir uma família e repassar os esses mórbidos "desvalores". Essas condutas que me foram delegadas afim de me tornar um bom homem teriam me tornado um alienado, sexista, machista, caso eu me inclinasse à elas, por isso talvez eu tenha me entregue à uma certa conduta transgressora à qual me engajo, e hoje tomo como meu princípio ético, não reprimir-me e responsabilizar-me por todo e qualquer ato que eu empreenda.
Transgredir à moral, pelo menos com relação ao sexo é por tanto combater as imposições da beatitude forjada que nos é culturalmente introjetada. Eu dou preferência à transparência de meus atos, não que eu seja exibicionista- não que eu não venha a ser- não  que eu faça com o intuito de expor, mas para mim o lançar-me como um espirito transgressor é um exercício de combate à repressão sexual. Não pretendo aqui fazer apologia à promiscuidade ( ou talvez eu queira), mas sim, por em pauta o questionamento do " o que é que tem de mais" .
O que é que tem de mais, me esfregar, me tocar, sentir o outro, lubrificar, deliciar-se, lambuzar-se, dar o cu? Fazer sexo fora do período fértil, chupar pinto, lamber xota, linguar cu, receber dedo, dar dedo, pedir dedo, pedir com dedo na boca, gemer, gritar, pedir mais? Ser mais sexual, o que é que tem de mais?

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Aquele dedinho de prosa ( ele pediu dedinho, e agora?)

Talvez o dedinho, seja o assunto mais polêmico que eu já tenha ouvido das minhas amigas heterossexuais. Algumas já vieram me contar bêbadas que o parceiro havia pedido um dedinho carinhoso no ânus, e o mais surpreendente é o fato delas terem aceitado o desafio com naturalidade.

É mais comum do que se pensa, existe por ai uma quantidade relevante de homens que se masturbam estimulando o furico, não somente homossexuais como se pode imaginar, assim como homens que dentro de uma relação mais intima conseguem sair do armário e pedir à parceira esse estímulo.

Nem todo mundo leva suas neuroses para o sexo, e esses conseguem desfrutar de mais prazer, tenho inclusive uma amiga que comia o companheiro dela com uma sinta caralha e inclusive amava a inversão de papéis, ela me relatou esse relacionamento como sendo o mais prazeroso, onde ela mais se descobriu e teve suas vontades atendidas, isso mostra o quão natural pode ser essa prática. Ao contrário do que prega nossa sociedade machista, o fato do homem sentir prazer no estímulo anal não é nem de longe sinônimo de homossexualidade latente, isso pois, a próstata como todos deveriam saber, proporciona prazer ao ser estimulada, se as mulheres não tem próstata e gostam, por que os caras não vão? A questão ai é, se permitir ou se reprimir em nome da moral e dos bons costumes (lê-se machismo), pois é muito incômodo para um homem se colocar na posição de submisso, sexualmente falando, pois não existe daí submissão ao se dar o cu, a menos que a proposta seja essa.


Os homens precisam se permitir, é garantia de uma boa experiência (caso o cara não passe cheque), pois é unânime, não conheço alguém que tenha dado o cu e não tenha repetido ( tendo oportunidade), inclusive tem gente que opta por inserir o cu como local oficial das cópulas. Os homens devem se desviar desse machismo latente, para que suas parceiras não reproduzam tais posições, assim homens, começaremos a nos livrar das repressões que nós mesmos criamos.


É difícil desconstruir padrões né? Pois é, mas esse é o caminho. Para quem pensar sobre o assunto fica o link para comprar sua cinta-peniana e também um video do Caio Blat se rendendo ao poder feminino.

homo-machismo, retrocessão gay.


Somos nós todos seres construídos socialmente, e essa influência vai além do que percebemos como politica ou das valorações religiosas, todos os valores introjetados pela cultura em nossos corpos e em nosso espírito, todos os julgamentos, impedimentos e castrações, são enfiados em nossas vidas de modo tão natural que, por muitas vezes não nos damos conta de que maneira estamos sendo controlados. Teremos sempre que ultrapassar as barreiras como um ser social e encontrar a maneira de ser não construída pelo exterior, mais próxima de nossa cerne, cotidianamente torna-se uma tarefa difícil, mas quando se trata de sexo falamos de uma necessidade . O sexo é um algo que será explicado por diversas ciências, de diversas maneiras e com diferentes propósitos, entretanto essa fixação por afirmar incessantemente sobre o sexo, dize -lo como é, como se faz, como se pode fazer, mostra-nos que de fato o sexo é tão obscuro e tão complexo, que se faz necessário dogmatiza-lo, produzir verdades sobre ele, colocar-lhe regras, de maneira muito semelhante à como se faz para justificar a criação do universo, algo que não sabemos mas acreditamos saber para nos confortar  e não nos constrangermos com objetos que não temos domínio ou entendimento. Essa carência de entender tudo e todos, faz com que nos apeguemos a qualquer falácia que pareça mais fácil de aceitar, o que gera preconceito, e condutas castrarias e moralistas.
A biologia tratará o nosso sexo como órgãos, a psicologia tratará como interação entre mente e corpo (o físico como efeito do psicológico), a religião tratará como pecado e assim vamos negligenciando uma necessidade, uma fonte inesgotável de prazer e realização, transformando-o em um simples objeto de estudo das ciências,  ou fator de condenação moral, um monstro corrupto nas teologias e um problema para o indivíduo.
Faz-se necessário reconhecer que o sexo que nos é ensinado de maneira pedagógica e também  por absorção cultural, não é e jamais será o sexo do afeto, do desejo, da vontade e da potência.
    Essa pauta surgiu do enorme desgosto que tenho passado, ao transar com pessoas que querem ser na cama, exatamente a mesma merda de pessoa que se é no escritório; além de reproduzirem posições machistas e que parecem  praticar um pecado. Algumas vezes identifico nos homens homossexuais  uma vergonha de ser passivo, uma vontade de ser ativo, um medo de liberar-se. Algumas vezes posicionam -se como "homens-mulher", deixando claro que querem ser submissos, fetichizam a posição desfavorecida das mulheres e reproduzem assim uma opressão.
"O direito de ser mulher" ou " o direito de ser macho" é algo tão ridículo de se por na cama, que eu sinceramente não consigo nem falar sobre, pois de fato se temos algum direito, esse é o de sermos nos mesmos, ente enquanto ente, um ser sexual enquanto um ser sexual, dessa maneira não. Levamos para nosso suposto momento de prazer todas essas construções constrangedoras da sociedade.
Já não me cabe aqui fazer o julgamento dos motivos pelo qual os gays que passaram pela minha cama, não conseguem se afirmar como simples e somente seres humanos em busca de prazer. Algumas vezes homens fantasiam ser mulher na minha cama, outras vezes posicionam-se como machos alfa, querendo me "submeter a condição de mulher" a qual eu não pertenço, nem biologicamente, nem socialmente nem psicologicamente, torna-se extremamente cansativo imitar casais heterossexuais, enxergar a mulher como submissa e tirar alguma prazer disso.
Não fica confortável quando se associa a passividade na relação  homossexual à uma submissão, que está diretamente atrelada à submissão historicamente marcada da mulher no sexo, na sociedade na vida.  Não é compreensível que nós gays, tão oprimidos pelo machismo Tenhamos prazer em reproduzi-lo em nossas próprias relações. Não entro numa foda em busca de estabelecer relações de poder ou de rotulação do ser, pelo contrário, vou me desconstruir, ser o máximo de mim, toda minha perversidade, minha imoralidade meus instintos, é nessa métrica que busco o prazer. Não se vai ao privado afim de incorporar o público, não é a sociedade que eu quero na minha cama, é o prazer é alguém de corpo inteiro pra preencher esse estranho vazio chamado moral

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Tire seus padrões da minha foda. (introdução)


Nós enquanto indivíduos sociais, vivemos em um constante processo de absorção de valores e julgamentos morais, não de maneira voluntária, e sim de maneira inconsciente. A máquina de poder que exerce influência constante e incessante sobre nossos corpos, sobre nossa vida, age nem sempre às claras, por vezes se disfarça de subversivo afim de nos tornar mais suscetíveis à tais influências.
Torna-se necessário refletir sobre a maneira como podemos nos conduzir, não afim de se tornar alguém virtuoso, mas sim ceder aos vícios que a moral judaico-cristã aponta como pecados capitais sedentos por confissão e redenção.
De qualquer modo para mim fica claro a maneira que o machismo se instala em nossa existência e veste a mascara de algo necessário à natureza humana, quando na verdade é um tipo de monstro construído afim de salientar ainda mais as relações de poder e opressão na sociedade. Alimentamos cotidianamente o machismo quando nos posicionamos como gays masculinizados, ativos impassíveis, passivos inativos, mulheres extremamente femininas e bem depiladas, homens peludos e parrudos. Todas as vezes que nos posicionarmos em nosso sexo  como um sujeito social (construído socialmente) e não um ser humano instintivo dado às sensações e ao desbunde estaremos reproduzindo opressões.

Oprimindo nós mesmos, nossos desejos, nossas potências, nossos prazeres. Fica entendido que a cada vez que levamos para nossa cópula todos os padrões sociais ( que reconhecemos como naturais), nos distanciamos da plenitude sexual da qual desfrutam os nossos cães por exemplo, pois que transam com o pai, a mãe e os filhotes, sem o menor remorso ou preocupação que envolva status ou virtude dentro e fora do ato, mas sim saciar a vontade incontrolável de gozar sua sexualidade em plenitude, apenas vivenciando experiências.
O que eu estou querendo dizer afinal? Quero dizer que nós temos o dever de travar uma batalha contra as forças que vem contrárias à natureza da nossa sexualidade, não bastando-nos a aceitar e reproduzir padrões que nos distanciam dos caminhos do prazer.