quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Salirofilia: sexo salivado e suado ( como deveria ser)


Eu poderia me limitar a explicar do que se trata a salirofilia, mas vou dar cabo à questão do motivo que leva essa prática à ser considerada doentia, escatológica, e repugnante. A salirofilia é a prática sexual que envolve a salivação ou o excesso de suor no parceiro, cuspir, lamber, esfregar-se no suor, é nisso que se baseia uma prática salirofilica.
De fato qualquer prática sexual que envolva excreção, será considerada escatológica, porém eu não consigo pensar em sexo sem saliva e suor, sem sujeira e caos. O beijo, o oposto do escarro, é o romântico e  em conflito com o visceral, de maneira que eles podem ( e talvez devam) se complementar . Pensem que o compartilhamento de saliva é sem problema algum executado durante os longos beijos dos corpos românticos, e por que não um escarro? Um intenso manifesto que fora do fator sexual representa a repulsa e o desdém, mas que dentro dele é o excesso do beijo, o mesmo digo do suor, que fora do sexo é sujeira, resultado fétido dos corpos que se movem, mas que no sexo é consequência esperada dos corpos que afogam seu desejo na partilha do prazer.
Não consigo, mesmo que eu me esforce, entender o por que sentir prazer no suor e na saliva seria patológico ou excessivo. Não consigo mesmo saber como lamber, chupar e salivar o corpo do outro pode ser algo reprovável, nem tão pouco como se inclinar com desejo ao suor daquele corpo vivo em movimento, que deseja é desejado, corpos deliciosamente suados.
Mesmo que o desejo pelo suor ou pelos escarros venham a se manifestar em público, não vejo tanta diferença assim entre o beijo e a baba, nem o cuspe escarrado. A única diferença é provocação, o estranhamento, da saliva escancarada e não empoçada entre as bocas, é a saliva livre que se desprende e alcança seu alvo de prazer, singular, informe, desfigurada. É nessa composição de estranhamento que o escarro gera desejo, é no suor que podemos sentir cheiro de sexo, a humidade do sexo, o musgo incolor que nos faz deslizar. À quem não interessar a salirofilia, fica o meu réquiem: Excesso é higienizar o seu prazer.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Bukkake: Cum in my face (aquele banho de Cleópatra)

Bukkake é um fetiche de muitas pessoas, a maioria delas não chega a realizar tal, pois é necessário uma equipe para que o bukkake ocorra. Sim! Uma equipe, pois com menos de 3 homens para ejacular na cara de uma única pessoa não é considerado bukkake, precisa-se de  ao menos 3 homens, pra porra ficar séria.
A técnica japonesa é muito usada pela indústria pornô atual, em filmes de gang bang, ou sexo grupal em geral. Talvez a grande procura por filmes do gênero tenha uma parcela de culpa pelo fetiche generalizado nas veadas e em algumas mulheres também.

Fico em dúvida sobre a procedência da informação de que o Bukkake é de origem japonesa, já que Cleópatra conservava a juventude e a boa cútis em uma banheira de leite de touro ( dizem que ela chupava um paredão de servos para tal finalidade e seu de-LEI-TE).





Bukkake é um banho, um banho de porra, em suma, vários homens ejaculando em um só corpo.  A dica Meretricem para quem quer se arriscar nessa é: Nunca, em hipótese alguma abra os olhos, porra nos olhos arde demais, de resto é só relaxar . Bom banho crianças.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Sexo antinatural ( sou eu, é você e o erotismo)

A devassidão humana, não é de maneira alguma o sexo visceral ao qual os donos de corpos eróticos tem direito, a devassidão humana é se deixar apoderar o corpo e o erotismo, esquece-se da singularidade dos desejos de cada indivíduo, resignar-se à normalidade do sexo morno escorado na reprodução.
O sexo antinatural aqui fala em meu corpo, ninguém vem ao mundo com a missão de reproduzir, essa falácia tira de nos toda a  arte, todo o bem fazer de produzir e produzir-se, como humano, como corpo erótico que deseja e sacia, que cria limites sexuais e os ultrapassa despudoradamente, vem interditar os interesses do deleite sexual.
O que diferencia o sexo do homem do sexo dos outros animais é por excelência o erotismo. O sexo dito natural, tem como objetivo a reprodução da espécie, isso não quer dizer que nós, os homens, o façamos sempre nesse intuito.
A máxima cristã é: O homem foi feito para a mulher. Não poderei desconsiderar a relevância biológica dessa afirmação, mas devo contrapor, o homem heterossexual cristão, não deita-se com sua esposa com a restrição da prática sexual reprodutiva, pois sendo assim, os homens deitariam-se com suas mulheres no máximo duas vezes no ano, 160 vezes em 80 anos, o que é ridículo de se acreditar. Logo qualquer sexo feito com anticoncepcionais ou que tenha o coito interrompido, seria então segundo a biologia e a filosofia cristã antinatural. To errado? Sexo na gestação? Sexo no período infértil? Ok!
Pois bem, dentro dessa métrica, faz sentido dizer que sexo oral, masturbação, sexo anal, e sexo vaginal sem intuito reprodutivo são igualmente antinaturais? Acredito que sim, pois basta não respeitar a lei da natural para ser antinatural.
 O sentido do padre ser casto, não é simplesmente o fato de esse corpo castrado servir exclusivamente às coisas de Deus, mas também ser inquestionável com relação a questão beata do sexo na bíblia. O mediador das sentenças divinas, deve seguir a cabo a sua doutrina, o que não inclui ceder ao erotismo e ao incontrolável desejo do corpo, já que não existe em vista homem que faça sexo medido pela reprodução. Tão incontrolável é tal desejo que a ruptura da castidade muitas vezes se encontra no corpo jovem dos coroinhas que se abrem ao abuso, uma reprodução velada do sistema educacional grego, onde a ideologia acompanha a educação sexual prática.
Com certeza é tamanha minha heresia que não me acanho à afirmação: Se o pecado existisse deveria ser tabelado, pois não existe diferença entre o coito interrompido na buceta da mãe de família e o pau latejante na bunda de um homem, existe sim o fator comum, sexo por prazer, o único que existe salvo o abuso sexual ( o que inclui indução).
Quero deixar claro que o sexo há muito deixou de ser estritamente reprodutivo, e o homem há muito coloca Deus como o criador de nossas "iniquidades" naturais.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Egg pleasure ( prazer em ovos?)

hoje vou relatar um conto nada erótico, envolvendo ovos e uma suspeita despedida de solteiro.


Ainda não encontrei com efeito uma palavra para representar "O homem que gozava em ovos". Fica mais fácil compreender, se eu expor o dia em que sai do bar, deixando sentados ali os meus amigos, para me aventurar em uma foda que talvez (ou com certeza)tenha sido a mais louca da minha vida.
Aconteceu o seguinte, o cara em questão me falou que gostaria de uma despedida de solteiro, já que ele assumiria um contrato matrimonial em poucas semanas. O que eu não imaginava é que o sujeito pretendia fazer dessa despedida um ritual infantilizado com direito à merengue e ovos! Eu havia aceitado comemorar tal despedida, mas não sabia que teria que quebrar 48 ovos nele.
Não faço segredo à minha inclinação à novas experiências, e não é da minha alçada reprimir as vontades sexuais dos meus parceiros, então me esforcei para que sua despedida de solteiro fosse como planejada.
Me ocorreu de relatar essa experiência, durante a leitura de " A história do olho" um conto de George Bataille, bastante violento e escancarando, no maior estilo Sade. No conto uma das personagens (Simone) desenvolve a mania de quebrar ovos com o cu, durante as contrações anais causadas pelo orgasmo, após introduzir os ovos no orifício. Os ovos no cu eram o motivo do orgasmo.
Não sei se o Edu ( estava evitando revelar o nome) leu o conto, ou se pegou essa referência de outro lugar, mas para mim foi inevitável relacionar ele à personagem Simone.
O Edu havia me explicado: " é uma tradição entre os meus chegados na infância e na adolescência, quebrar ovos uns nos outros, seja lá qual for a ocasião". Não sei se deveria acreditar, mas deixo para nós o benefício da dúvida.
Voltando ao ocorrido, ele escolheu um quarto de motel com banheira, propositalmente, eu só tomei consciência de que não era 1 ovo e sim 2 cartelas, quando ele abriu o porta malas, já na garagem do motel.
Eu achei estranho, mas enfim, achei que era melhor par ele faltar do que sobrar. Calado subi ao quarto e começamos a nos esfregar, bem não vou narrar o sexo, pois não se trata de um conto erótico. O fato é que depois do sexo oral ele me convidou para ir ao banheiro, achei que ia rolar um sexo na banheira ou um golden shower, aham! Sabe de nada inocente. O Edu entrou na banheira e me disse para pegar os ovos, pediu então para que eu os rachasse antes de quebra-los totalmente no seu corpo. Como eu disse, não reprimi suas vontades, quebrei 24 ovos nele, já estava ficando chato, ai ele disse acho melhor usar o merengue! Hahahahahahaha! Ai gente! Eu perguntei se ele queria virar um bolo.
Após quebrar mais ou menos outros 10 ovos, notei que a masturbação dele estava frenética, e de repente, boom! Explode em meio aquela melequeira de ovos na banheira, jorros de porra. Eu fiquei indignado, sem reação, achei que aquilo era um divertimento ( um pouco excessivo) e não o motivo de prazer dele.
Daí, hoje ele me chamou por skype e eu perguntei como andava o casamento( pois desde aquele dia não mais me interessei em sair com ele). Ele me disse que, bem... Queria relembrar a nossa farra.
Bitch please! Preciso que alguém me explique dessa vez, por que para os ovos eu não tenho uma explicação.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Fucking shit! ( coprofilia, coprofagia)

Para falar de cropofilia ou coprofagia, primeiro devo comentar aqui a questão relativa à pratica de sodomia pejorativamente atrelada ao sexo anal. Não é segredo para os leitores do blog nem mesmo para os meus convives a minha relação com o sexo anal, não me colocando em posição convencional irei expor o  sexo anal higiênico como resultado da repressão à merda.





O sexo anal é visto como sodomia não somente por pressupor submeter ao parceiro certa medida de dor no ato, submissão do passivo na relação, mas também pela relação necessária entre o ânus e a merda, de maneira necessária haverá merda no cu, não tem como mudar esse fato, sim! Existe a chuca (lavagem intestinal, afim de limpar o canal para o ato sexual "higiênico"), mas a chuca só acentua o repúdio à merda,ou seja, eu gosto do cu, eu quero o cu, desejo-o,  caso esteja devidamente higienizado. Assim como a menstruação, o mijo, o sangue não menstrual o escarro e qualquer outro componente fisiológico excretado, será não só um tabu sexual, mas também um tabu moral, acredito eu que seja um pouco disso.  Moral pois, é ataque ao pudor mijar na rua ( embora o façam), moral pois cagar é um ato estritamente pessoal, não se compartilha esse momento se não consigo mesmo, isso após deixar-se as fraldas, moral pois, menstruar-se é sinônimo de vergonha e desleixo.
Quando menino lembro-me da relação de diversão que se apresentava na urina, ao desenhar no asfalto quente figuras abstratas com o próprio mijo, ou mesmo, despedaçar o coco alheio abandonado ao vaso sanitário, como se um jogo de habilidade. Nunca houve no entanto nenhum tipo de repressão significativa sobre tais práticas, o mesmo não posso dizer das fezes, que desde sempre foram aprisionada ao corredor carcereiro que as transportam, refém do recipiente que as abriga e depois as descarta, tendo como única finalidade o descarte, em um determinado espaço, com uma extrema discrição, “(...) muitas culturas proscrevem e estigmatizaram todas as formas de sexo anal, geralmente por causa da abjeta relação com a defecação, da falta de possibilidade de procriação e a suposta perda da masculinidade do passivo” (LINS, BRAGA, 2005, pág. 134).

Logo, posso tentar aqui atribuir ao piss (pelo menos entre os gays) a aceitação mesmo que velada, por meio da relação "aceitável" que o garoto tem com o seu próprio mijo, além da vista grossa dos genitores a cerca do ato. O mesmo não se pode dizer das fezes, "nunca nos deixam brincar com a bosta", o mal cheiro, a estrutura amorfa, estranha, sua consistência e texturas, nos são apreendidas como abomináveis, desde sempre se reprime a escatologia. Serão as crianças que não aceitaram a repreensão dos pais que outrora iriam se deliciar com merda? Seriam esses garotinho que carregariam para a sua vida sexual adulta o excremento proibido como fonte de prazer? Brincar com merda seria então romper com os limites da escatologia "aceitável" trazida da infância?
Sempre que pergunto a um conhecido sobre a prática do piss existe uma excitação ao responder, que sim, que talvez ou que nunca, mas da-se à urina o benefício da dúvida, o mesmo não se pode dizer da merda, que sempre ( salvo os coprófilos) irão imediatamente responder com expressões de repúdio e desaprovação. Isso talvez se deva as relações que citei no parágrafo a cima.




A cropofilia no caso de quem tem prazer no ato sexual com fezes, ou a cropofagia que consiste no prazer em ingerir fezes é de longe o fetiche que mais causa repulsa ao ouvinte, mas para mim ficou claro que não é (tão) difícil de encontrar alguém que esteja disposto ou que seja praticante do scat, assim como não é tão absurdo se pensarmos que escarramos um na boca do outro com o pretexto de afeto. No bate papo da UOL ou nos app's de encontros casuais gays, hora ou outra se vê alguém solicitando companhia para uma cagadinha, assim como uma mijadinha, ou tudo junto.
Não vos digo " comas merda e goze", mas vos digo, não há porque julgar com tão maus olhos quem é cativo dessa prática, afinal, como expliquei, excremento por excremento, excretamos todos.
Não compactuo com nenhum tipo de pensamento discriminatório, então achei necessário meu ato de apoio à diversidade das práticas sexuais.